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Rotação de culturas torna o cultivo mais produtivo e ambientalmente sustentável

Integração de soja com eucalipto no Campo Experimental da Embrapa Rondônia, em Porto Velho. Foto: Renata Silva / Embrapa.

Integração de soja com eucalipto no Campo Experimental da Embrapa Rondônia, em Porto Velho. Foto: Renata Silva / Embrapa.

A prática da rotação de culturas é uma medida fundamental em áreas onde há o predomínio de monoculturas, pois contribui para o aumento do teor de matéria orgânica do solo, redução de plantas daninhas, além de pragas e doenças nos cultivos. Considerada uma prática que favorece a sustentabilidade da propriedade, a rotação de culturas consiste em alternar no tempo, o cultivo de espécies vegetais em uma determinada área, preferencialmente com culturas que possuem sistemas radiculares diferentes (arroz e soja, por exemplo) onde cada espécie deixa um efeito residual positivo para o solo e para a cultura sucessora.

“A técnica é importante para o reaproveitamento de áreas, deixando-as mais produtivas, sem necessidade de abrir novas áreas. Entre as vantagens, destacamos a proteção da camada superficial do solo que também tem sua umidade preservada, reciclagem de nutrientes das camadas profundas para as camadas superficiais, melhoria das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo”, explica a coordenadora técnica da unidade IBSagro, a engenheira agrônoma Débora Marchini.

Nesse contexto, em muitas regiões do país, a soja é a cultura principal, sendo a espécie escolhida com o propósito comercial, tendo a função de geração de renda. No entanto, para a diminuição da vulnerabilidade do monocultivo é fundamental a presença das outras espécies, que tornam, ao longo do tempo, o sistema mais produtivo e ambientalmente sustentável.

De acordo com Débora, as extensas áreas produtivas e até mesmo os sistemas de sucessão de culturas de trigo e soja ou milho safrinha após a soja promovem, ao longo do tempo, alterações para o sistema produtivo “Dessa forma, onde há o predomínio da soja, torna-se importante a utilização de outras espécies no sistema agrícola, que, cultivadas em rotação, têm a função de trazer benefícios para o sistema”, afirma a engenheira agrônoma. Ela cita o exemplo da rotação de culturas no Oeste do Pará, onde geralmente é realizada com as culturas da soja, milho, arroz, pastagem e floresta, introduzindo então a integração lavoura-pecuária (IL) e integração lavoura – pecuária – floresta (lLPF).

Segundo Marchini, a introdução da pastagem e árvores no sistema representa um degrau a mais na escalada de uma agricultura sustentável, pois permite uma diversificação de oportunidades agrícolas de forma mais elástica e rentável. Um exemplo de como essa prática é viável e vantajosa pode ser visto na propriedade do produtor Rafael P. Menoli, atendido pelo IBS no Programa 3S da Cargill, no município de Santarém, no Estado do Pará. Para falar do assunto, ele deu entrevista em uma reportagem televisiva sobre rotação de culturas veiculada na afiliada da Rede Globo no Pará. Vale a pena conferir essa reportagem que explica como os produtores fazem a rotação de culturas nessa região.

Clique aqui e confira a reportagem na íntegra!

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